segunda-feira, outubro 23, 2006

Y Guarda: Dueto, dia 27.Outubro



Filipa Francisco & Idoia Zabaleta
Guarda > teatro municipal
> pequeno auditório

> performance
> 50 minutos
> maiores 12 anos



Sinopse:
Dueto é um projecto de colaboração entre as coreógrafas Filipa Francisco (Portugal), e Idoia Zabaleta (País Basco). Entre Agosto 2005 e Junho 2006, Filipa e Idoia criaram uma peça para o corpo, na sua relação com a escrita, o território e a ausência. Durante 11 meses, as coreógrafas desenvolveram um processo de comunicação à distância, através de cartas, como forma de entrar no imaginário uma da outra. Durante dois encontros intercalares em Girona e Lisboa, juntaram o conteúdo acumulado das cartas e das suas traduções/interpretações e efectuaram a sua transcrição para o corpo, através da construção de um guião comum. Numa apresentação no festival WAY em Lisboa, contrastaram as interpretações pessoais dessa partitura, apresentando dois solos. Todo este processo desenvolveu-se na forma helicoidal do ADN – dois espirais entrelaçados. Na fase final do projecto, Filipa e Idoia apresentarão uma peça que procura ocupar o lugar entre os dois solos diferentes, numa reflexão sobre a possibilidade de afectar não só o imaginário da outra pessoa, mas também a sua fisicalidade. Sobre a (im)possibilidade de se tornar outro.

Y Covilhã: Debate "O espaço do espectador", dia 21.Outubro

O espectador é, no conceito do trabalho da Quarta Parede, um objectivo prioritário na sua relação com o espectáculo.
Quando pensámos fazer este debate, a partir de uma experiência muito concreta – a do Teatri di Vita – direccionamos explicitamente essa experiência para a nossa realidade, embora diferenciada da realidade italiana, pensamos que a intervenção do Teatri di Vita é muito positiva pelo modo como introduz o espectador no espectáculo performativo.
Não queremos fazer do espectador um artista, mas gostávamos de ter a sua colaboração no debate, nas leituras do espectáculo contemporâneo. Deseja-se uma participação mais activa do espectador, através de conversas, debates, opiniões, que por certo terão um efeito positivo no trabalho que vimos desenvolvendo na Formação de Público.
Os contributos de vários espectadores farão com que este debate seja – esperamos – o início de uma relação mais íntima do espectador junto do espectáculo e que essa relação tenha reflexos positivos num futuro próximo, quer porque o público seja conhecedor das novas linguagens, que por certo o tornarão mais exigente, quer pelo que esta mesma exigência provoca no nosso trabalho, o qual queremos que estabeleça uma relação estreita com o público.
Quando iniciámos a nossa actividade tínhamos objectivos precisos entre os quais: quebrar a relação tradicional entre espectador e actor, entre plateia e palco e fazer com que arte contemporânea estivesse presente no dia a dia da nossa região. Estes objectivos só podem ser concretizados com a participação do seu principal destinatário, que é o espectador.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Y Guarda: Co. O Último Momento, com "Peut-Être", dia 19.Outubro

No palco o encontro de três artistas que confrontam as suas experiências para dar forma a um espectáculo onde se misturam circo, música, expressão dramática e vídeo. Este é o encontro natural de dois irmãos, João Paulo Pereira dos Santos, artista de circo formado em França (CNAC) e Pedro Alexandre Pereira dos Santos, artista plástico e costureiro e de Guillaume Dutrieux, músico. O João Paulo e o Pedro nasceram em Lisboa e o Guillaume em Paris.
Música acústica ou electrónica ? Corpo real ou virtual ? O vídeo e o electrónico enganam os sentidos, inversão da atracção terrestre, multiplicação dos intérpretes através da imagem e do som.
Ouvir um som e não saber de onde vem, ver uma imagem e não acreditar no
que vê, mas no entanto a história passa e no final pouco resta, apenas lembranças.Exprimir sentimentos através de movimentos, sem que a proeza tenha o papel principal, mas sim, a beleza « ephémora ».

Teatro Municipal da Guarda > grande auditório > €7,5
novo circo > 45 min > maiores 5 anos

sexta-feira, outubro 13, 2006

Y Guarda: María Jerez, dia 14.Outubro

Com este trabalho pretendo analisar o ponto de vista do espectador e o poder que a representação, a ficção e o virtuosismo têm sobre os nossos mecanismos de percepção.
Graças à dissociação do meu corpo posso apresentar acções e imagens duplas, que me permitem propor, em directo, dois tempos narrativos simultâneos: o cénico e o cinematográfico.
Estes dois tempos narrativos vão-se entrelaçando cada vez mais, como acontece com as bonecas russas. Fragmentação do corpo, multiplicidade de personagens e duplas acções.
O dispositivo criado é um buraco negro, um nó cego, um tempo morto que me permite jogar com o que o espectador vê e não vê. (María Jerez)

performance > 45 min. > todos os públicos

Y: Patrick Murys, dia 14.Outubro

Com o objectivo de tornar o espectáculo legível, perguntei-me em que tempo se conta esta história feita de “bocados de memória”.
A marioneta para contar um presente de futuro.
O homem é o presente do passado, um passado próximo.
O encontro destas duas personagens, o cruzamento destes dois tempos, é o presente actual.
A soma desses três presentes é igual à eternidade, ao infinito.
O espaço vazio, no início, vai-se enchendo e transforma-se ao longo da história. Delimitado por um círculo onde se representa a vida do homem.
Uma sala de espera para almas em passagem, em trânsito.
Paisagem em Trânsito é um espectáculo de teatro visual onde um actor, uma marioneta e sete malas se encontram para nos levar numa viagem sensitiva sobre a condição humana e os seus limites. Personagens e situações cruzam-se nestas paisagens. Sempre em trânsito. Sem nunca parar.

teatro visual > 1 hora > maiores 14 anos

Y: Francisco Camacho, dia 13.Outubro

coup d’état tem origem no convite a Francisco Camacho para criar uma peça a ser apresentada na edição do Festival W.A.Y. de 2006 que teve como tema “A Minha Casa”. A deriva exploratória do tema proposto concretizou-se neste espectáculo que tem continuado a desenvolver desde essa primeira apresentação e que marca o regresso do coreógrafo e intérprete ao registo do solo, tal como o foram as suas criações iniciais que lhe lograram uma carreira internacional. Em coup d’état, o corpo habita um espaço delimitado, estando no início oculto. As toalhas brancas que o tapam vão criando formas e volumes, através da movimentação do corpo. Nesta paisagem física em permanente evolução e mutação, com diferentes cadências rítmicas, adivinham-se formas humanas. O corpo aparece depois, fragmentado, cobrindo e descobrindo-se. Na brancura do espaço são introduzidas cores diferentes por via da presença de outros objectos: havaianas e calções-de-banho surgem sucessivamente. São exploradas as suas combinações possíveis, numa demanda estética daquele corpo. Este irá depois adornar-se com peças de joalharia, unicamente; ensaiará assim uma possível identidade, uma imagem de si. A proposta assenta na procura de diferentes configurações físicas de um corpo em contexto, situadas num processo de construção de uma privacidade com exposição pública. Ao público é possibilitado um olhar sobre uma intimidade que não o é verdadeiramente. O trabalho explora o jogo de ocultação e de exposição, e a sua ressonância nas questões de poder, do espaço privado e da posse, do gesto estético enquanto arma de enfrentamento do mundo.

dança > 53 min. > maiores 12 anos

Y: Miguel Bonneville, dia 11.Outubro

Ela espera que alguma coisa aconteça. E quando se espera, perdemo-nos em pensamentos e imagens, em espaços. Imaginamo-nos. Entramos nos pormenores. Deixamo-nos ir sem consciência. E depois voltamos. Aborrecemo-nos de morte, desejamos morrer. Esperamos. Sem saber pelo quê, por vezes.Ela é o momento em que a corda parte. Ele não consegue morrer por causa disso.
performance > 30 min. > maiores 12 anos

Y: [Homem-Legenda], dia 10.Outubro

[Homem-Legenda] é um one man show com um Homem e uma Legenda que interagem entre si e com o espectador, dramatizando conflitos num ensaio acerca de auto-conhecimento e identidade.
Um espectáculo divertido, provocador, subtil, irónico e exorcisante. Um actor-personagem que pensa: quem sou? Até onde é possível conhecer-me? Tudo se resume ao sexo e à infância? E se fosse possível aceder ao meu inconsciente? Eu sou o que quero ser ou o que é socialmente suposto que eu seja? Sou eu “tudo” sob determinado ponto de vista? O que é que o meu exterior revela do meu interior? A minha “alma gémea” é-me semelhante ou oposta? Porque me minto a mim mesmo? Porque não me assumo? Tenho que pedir desculpa pelo que inevitavelmente sou? E se fosse possível deitar cá para fora, de uma vez por todas, tudo o que me vai na cabeça?


performance > 1 hora > maiores 16 anos

Y: Pierre Bastien, dia 9.Outubro

Membro do prestigiado grupo Rephlex dirigido por Aphex Twin, Pierre Bastien desenvolveu uma carreira original de investigador, poeta e músico internacional.
Dá vida, em 1986 àquele que será o centro gravitacional de todo o seu trabalho: o Mecanium, junção de instrumentos tradicionais activados mecanicamente e misturados com instrumentos “reais” para produzir uma música sensual e evocativa.

música > 1 hora > todos os públicos

Y: Utensílios do Amor, dia 8.Outubro

E se, de repente, todos os pequenos ódios que foste semeando ao longo do tempo te explodissem na cara? “Utensílios do Amor” é uma curta-metragem sobre um casal que o vai sendo e outro que deixa de o ser. A vida em comum tem dessas coisas: sem te dares conta, passaste o tempo a construir um muro entre ti e a outra pessoa - e basta um pontapé para ela cair sobre ti. Penélope não suporta mais as demoras de Ulisses. Para ele, podem ter sido só alguns minutos ou horas, mas, para ela, são já séculos inteiros de espera. Entretanto, um outro casal, Hugo e Maria, demoram-se para um jantar. Ele mais do que ela, obviamente: é raro haver mais do que um culpado nestas coisas. Penélope pode sonhar acordada ou acordar para a vida, lavar os pratos ou partir a loiça, consentir ou ripostar. O que vai escolher Penélope? Margarida Vila-Nova é Penélope, Luís Dias é Ulisses e Maria João Pinho é Maria, num filme que conta ainda com as participações de João Heitor e Raquel Carrilho. Um filme português à americana? Não, só um filme feito para quem gosta de filmes.

filme > 20 min.

Y: Un Chien Andalou musicado por Kubik, dia 7.Outubro

Kubik é um projecto de música electrónica feita de contrastes, fusões, estilhaços, experimentalismos. Conceitos como reciclagem e montagem de referências estéticas são também abordagens possíveis para o universo musical delirante de Kubik. Os seus discos “Oblique Musique” (2001) e “Metamorphosia” (2005) foram considerados, pela comunicação social, como dos melhores e mais surpreendentes discos nacionais desses anos. Tem também criações musicais para teatro, cinema e vídeo. Kubik musicou o filme mudo “Un Chien Andalou” (1929) de Luís Buñuel e Salvador Dali, marco essencial do cinema surrealista e vanguardista da segunda década do século XX. Este filme foi considerado como um dos mais subversivos e provocadores da história do cinema: liberdade criativa, imagens rebuscadas e provocação surrealista preenchem os requisitos deste filme. A actuação de Kubik integrada no Festival Y vai ser um misto de concerto baseado nos discos e na projecção vídeo do filme “Un Chien Andalou” musicado ao vivo.

música/vídeo > 50 min. > maiores 16 anos

Y: Lar Doce Lar, nos dias 6/8/12.Outubro















Fomos à procura do que os objectos contam da nossa presença, do nosso apego, da nossa nostalgia. No fundo, os objectos são a prova dessa mesma verdade.
Cada vez que eles se agitam recordam alguém.
Estes são os objectos de alguém!
Lar doce Lar é uma caixinha de música com todas as recordações tremulando cada vez que lhe damos corda.

teatro de objectos > 40 min. > maiores 16 anos

terça-feira, outubro 10, 2006

Programação Y#04

Covilhã > auditório teatro das beiras

06/08/12.Outubro > 21h30
QUARTA PAREDE > Lar Doce Lar

07.Outubro > 21h30
KUBIK > Un Chien Andalou musicado ao vivo por Kubik

08.Outubro > 22h30
Utensílios do Amor > filme de Telmo Martins

09.10.2006 > 21h30
PIERRE BASTIEN > Mecanoid

10.Outubro > 21h30
BARBA AZUL > [Homem-Legenda]

11.Outubro > 21h30
MIGUEL BONNEVILLE > Miguel Bonneville #1

13.Outubro > 21h30
FRANCISCO CAMACHO > Coup d'État

14.Outubro > 21h30
PATRICK MURYS > Paisagem em Trânsito

21.Outubro > 15h
Debate com STEFANO CASI (Teatri di Vita) > O espaço do espectador: conversa sobre a formação do espectador


Guarda > teatro municipal

14.Outubro > 21h30
MARÍA JEREZ > El Caso del Espectador

19.Outubro > 21h30
CO. O ÚLTIMO MOMENTO > Peut-Être

27.Outubro > 21h30
FILIPA FRANCISCO & IDOIA ZABALETA > Dueto

Festival Y#04

Festival Y#04 > 06 a 31.Outubro'2006
Covilhã . Fundão . Guarda . Castelo Branco