ARQUITECTURA_Teatro Municipal da Guarda
Conheça o projecto arquitectónico do Teatro Municipal da Guarda - local de apresentação dos 3 primeiros espectáculos da 6ª edição do Festival Y - através das palavras do arquitecto Carlos Veloso.
"O TMG situa-se num território agreste, na Guarda, no interior de Portugal. Os edifícios localizam-se numa área central da cidade, antigo limite da cidade, a sul. O espaço de intervenção é contíguo ao tecido urbano consolidado mas sem uma relação directa com o espaço público envolvente. Carácter contextualista não visível de um modo aparente na construção do lugar. Os novos edifícios foram desenhados para este lugar preenchendo um espaço de características singulares na estrutura urbana existente.
O complexo, é constituído por dois edifícios autónomos e diferenciados, impondo alguma autonomia formal na relação afectiva com a envolvente. Não se manifestam visíveis vistos do exterior, do lado da cidade. Isto porque é um espaço com diversos edifícios a preencher os limites e visualmente aberto em direcção à paisagem mais distante. O edifício mais “pesado” na cor e na forma está em contacto directo, com uma realidade urbana transitória, em futura mudança. O outro, de menor dimensão, mais leve, reveste-se a vidro esmaltado a branco, construindo um paralelismo com o edifício existente a norte, nos alinhamentos, na cércea, na secção transversal e usando a mesma plataforma de implantação.
Estabeleceu-se alguma cumplicidade e reinvenção nas formas e traçados entre o contexto envolvente e o complexo de edifícios novos. O assentamento dos edifícios motiva espaços exteriores diferenciados, mas não fragmentados, viabilizando hipóteses de utilização cénica diversa. O declive do terreno é estruturado em sucessivas plataformas de nível. A paisagem surge na composição cénica imposta pelos sucessivos patamares.
É uma arquitectura de presença e legibilidade, mas de adjectivação simples. Uma complexidade racionalista na “construção” de volumes puros e simples. Uma presença física que se dilui na sua condição de “parte de cidade” e “objecto”, integram-se e são integrantes. Reprodução de uma imagem formal que traduz uma autonomia intrínseca de cada peça, a sua própria presença. Os edifícios constroem uma dependência tectónica do lugar onde se implantam com vontade de revelar a sua especificidade formal, a partir do seu próprio conteúdo.
Os materiais de revestimento resumem-se a painéis de betão com fibra de vidro (GRC), de vidro e aparelho de granito. Correu-se o risco de se desenhar e compor-se os elementos plásticos no intuito de eliminar uma única massa construída. O objectivo foi formular formas e espaços cénicos diversos e por inerência obrigar o espectador a um comportamento inter-relacional e heterogéneo." (...)
Leia aqui a integralidade do artigo de Carlos Veloso, aproveitando para aí ver o excelente portfolio fotográfico da autoria de Fernando Guerra.
O complexo, é constituído por dois edifícios autónomos e diferenciados, impondo alguma autonomia formal na relação afectiva com a envolvente. Não se manifestam visíveis vistos do exterior, do lado da cidade. Isto porque é um espaço com diversos edifícios a preencher os limites e visualmente aberto em direcção à paisagem mais distante. O edifício mais “pesado” na cor e na forma está em contacto directo, com uma realidade urbana transitória, em futura mudança. O outro, de menor dimensão, mais leve, reveste-se a vidro esmaltado a branco, construindo um paralelismo com o edifício existente a norte, nos alinhamentos, na cércea, na secção transversal e usando a mesma plataforma de implantação.
Estabeleceu-se alguma cumplicidade e reinvenção nas formas e traçados entre o contexto envolvente e o complexo de edifícios novos. O assentamento dos edifícios motiva espaços exteriores diferenciados, mas não fragmentados, viabilizando hipóteses de utilização cénica diversa. O declive do terreno é estruturado em sucessivas plataformas de nível. A paisagem surge na composição cénica imposta pelos sucessivos patamares.
É uma arquitectura de presença e legibilidade, mas de adjectivação simples. Uma complexidade racionalista na “construção” de volumes puros e simples. Uma presença física que se dilui na sua condição de “parte de cidade” e “objecto”, integram-se e são integrantes. Reprodução de uma imagem formal que traduz uma autonomia intrínseca de cada peça, a sua própria presença. Os edifícios constroem uma dependência tectónica do lugar onde se implantam com vontade de revelar a sua especificidade formal, a partir do seu próprio conteúdo.
Os materiais de revestimento resumem-se a painéis de betão com fibra de vidro (GRC), de vidro e aparelho de granito. Correu-se o risco de se desenhar e compor-se os elementos plásticos no intuito de eliminar uma única massa construída. O objectivo foi formular formas e espaços cénicos diversos e por inerência obrigar o espectador a um comportamento inter-relacional e heterogéneo." (...)
Leia aqui a integralidade do artigo de Carlos Veloso, aproveitando para aí ver o excelente portfolio fotográfico da autoria de Fernando Guerra.
Etiquetas: arquitectura, Carlos Veloso, Fernando Guerra, projecto, Teatro Municipal da Guarda, TMG
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